quinta-feira, 8 de julho de 2010

A matemática ...

Coisas da matemática
Convidaram para padrinhos
Um Quociente apaixonou-se
O Poliedro e a Bissectriz.
Um dia,
E fizeram planos, equações e
Doidamente,
diagramas para o futuro
Por uma Incógnita.
Sonhando com uma felicidade
Olhou-a com seu olhar inumerável
Integral
E viu-a, do Ápice à Base...
E diferencial.
Uma Figura Ímpar;
E casaram-se e tiveram
Olhos rombóides, boca trapezóide,
uma secante e três cones
Corpo ortogonal, seios esferóides.
Muito engraçadinhos.
Fez da sua
E foram felizes
uma vida
Até aquele dia
Paralela à dela.
Em que tudo, afinal,
Vira monotonia.
Até que se encontraram
No Infinito.
Foi então que surgiu
"Quem és tu?" indagou ele
O Máximo Divisor Comum...
Com ânsia radical.
Frequentador de Círculos Concêntricos.
Viciosos.
"Sou a soma do quadrado dos catetos.
Ofereceu-lhe, a ela,
Mas pode chamar-me Hipotenusa."
Uma Grandeza Absoluta,
E reduziu-a a um Denominador Comum.
E ao falarem descobriram que eram
O que, em aritmética, corresponde
Ele, Quociente, percebeu
A almas irmãs:
Que com ela não formava mais Um Todo.
Primos-entre-si.
Uma Unidade.
E assim se amaram
Era o Triângulo,
Ao quadrado da velocidade da luz.
Tão chamado amoroso.
Numa sexta potenciação
Desse problema ela era a fracção
Traçando
Mais ordinária.
Ao sabor do momento
E da paixão
Mas foi então que Einstein descobriu
Rectas, curvas, círculos e linhas sinusoidais.
A Relatividade.
E tudo o que era espúrio passou a ser
Escandalizaram os ortodoxos
Moralidade.
das fórmulas euclidianas
Como aliás, em qualquer
E os exegetas do Universo Finito.
Sociedade.
Romperam convenções newtonianas
e pitagóricas.
E, enfim, resolveram casar,
Constituir um lar.
Mais do que um lar.
Uma Perpendicular.

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